1. Made in Japan











“Como a gente compôs a música? O meu marido John não sabia escrever japonês e então fez a música em português e chamou o Robson Mioshi, que é um amigo nosso, pra fazer a tradução. Eu, quando fui cantar, chamei uma professora de japonês pra me ensinar o idioma. Assim que eu gravei a música, pedi para a minha avó ouvir. Coloquei o fone nela, perguntei “entendeu, batian?”, ela disse “ah, entendi um pouquinho”. Acho que o sotaque ou a construção do japonês que a gente usou é diferente do que ela aprendeu. (Depoimento para o site Japão 100)
Clipe que marcou nossa primeira parceria com o diretor Jarbas Agnelli, foi premiado na categoria Melhor Direção de Arte no MTV Video Music Awards Brasil do ano 2000
2. Isopor
3. Depois
Dirigido por Hugo Prata e Adriano Goldman, é um dos clipes mais vistos em nosso canal no YouTube, superando a marca de 1 milhão de visualizações.
Além de integrar o álbum Isopor (1999), também ganhou versões em nosso MTV ao vivo (2002) e Música de Brinquedo 2 ao vivo (2019).
4. Um Ponto Oito
dentro do meu carro
a estabilidade
me faz acreditar
que está tudo bem
tudo em seu lugar
e logo me esqueço
tudo tem seu preço
aumento a velocidade
e atravesso a cidade
sem pensarsem pensar em mais ninguém
a não ser em quem gosta de mim
e esqueci numa curva que fiz
tão veloz que o amor
não morreu por um trizmas naquela estrada
naquela madrugada
acho que matei alguém
e no mesmo instante
morri um pouco tambémfui até ao rapaz
que ainda vivia
e vendo ele morrer
sem saber o que fazer
segurei sua mão fria
vi que era pobre
moço sem instrução
cheirava a pinga barata
uma aliança no dedo
talvez fosse um ladrãoajoelhei-me ao seu lado
me disse o atropelado:
fiquei com a pior parte
de tudo o que é chamado
civilizaçãodevolva este anel
pra dona daquele bordel
foi lá que eu roubei
diga pro dono do bar
que minha conta encerrei
silenciou de repente
gemeu como um cão
e sobre o asfalto quente
seu sangue escorreu suavemente
todo pelo chãoolhei a cidade, olhei pro meu carro
voltei a correr, pensei em fugir
quis não mais viver
quis não mais vivercom mais ninguém
a não ser com quem gosta de mim
e esqueci numa curva que fiz
tão veloz que o amor
não morreu por um trizolhei a cidade
olhei pro meu carro
voltei a correr
pensei em fugir
quis não mais viver
5. Imperfeito
6. Morto
Morto é história de alguém na sala de espera do inferno. O arranjo tem essa citação de Bond Street do Burt Bacharach, um tipo de conceito que usamos algumas vezes na nossa carreira. Isso ficou mais fácil com as novas tecnologias de estúdio, uso de samplers e de edição digital em geral. A idéia é pegar um pedaço de uma música e usá-la pra compor uma nova. Acho que nosso exemplo mais clássico disso é #MadeInJapan, mas temos vários momentos assim.” (John Ulhoa)
7. O Filho Predileto do Rajneesh
Canção de Rubinho Troll foi lançada originalmente pela banda Sexo Explícito, da qual John fazia parte.
Em 2021, a canção foi lançada em versão ao vivo nas plataformas de streaming e ganhou clipe com imagens raras do nosso arquivo pessoal e registros de fãs.
8. Perdendo Dentes
as brigas que ganhei
nem um troféu
como lembrança
pra casa eu leveias brigas que perdi
estas sim
eu nunca esqueci
“Essa é uma canção pop, com refrão, e muitas pessoas nem se dão conta do que estão cantando. Quando falamos de coisas mais sérias, aliviamos na parte sonora. Pra não ficar uma bandeira do recado. O grande talento do John como compositor é ficar sempre nessa linha tênue, doce e azedo, bipolar. Agridoce é uma palavra ótima pra representar o Pato Fu.”
(Fernanda Takai em entrevista à Folha de São Paulo, 01/10/2010)
9. Saudade
Canção originalmente lançada no álbum Isopor (1999), ganhou versão especial no EP Maki Takai No Jetlag (2009), projeto da Takai com a cantora japonesa Maki Nomiya.
10. O Prato do Dia
Canção de John Ulhoa que foi lançada no quinto álbum do Pato Fu, Isopor (1999), em 2021 ganhou uma versão solo com seu compositor.
11. Quase
FICHA TÉCNICA
Produzido por Dudu Marote
Direção Artística: Jorge Davidson
Gravado por Luis Paulo Serafin, Rogério Pereira e Ignácio Sodré na Dr. Dd. alto da Vila Madalena , SP · Assistentes de estúdio: Carlos Blau (Dr. Dd) e Sandro Estevam (Mosh) · Mixado por Luis Paulo Serafim no Sound, NYC · Transcroções: Rogério Pereira
Produção Executiva (Rotomusic): Aluizer Malab
Assistente de Produção Executiva (Rotomusic): Simone Layber e Vitor Takai · Produção executiva (Dudinka): Juliana Fernandes
Projeto Gráfico: Barrão e Fernanda Villa-Lobos · Fotos: Adriano Goldam e Hugo Prata · Figurino: Ronaldo Fraga · Hair & make up: Marcos Padilha · Coordenação gráfica: Luis Felipe Couto e Emil Ferreira
Fernanda Takai: vozes (com exceção de “Morto” e “Quase”), guitarra-base em “Imperfeito” · John: vozes em “Morto” e “Quase”, guitarras, violões, teclados, batidas em “Made in Japan”, “Isopor”, “Depois”, “Morto”, “Um Ponto Oito”, voz blackjap em “Made in Japan” · Ricardo Koctus: baixo; e-bow em “Isopor” · Xande Tamietti: bateria e percussão · Carlos Blau: ándeirola e shaker em “Depois” · Dudu Marote: efeitos, edições digitais, batidas em “Um Ponto Oito” e “Saudade”, teclados e rhodes em “Saudade”, moog em “Perdendo Dentes”, órgão, cravo elétrico e teclados em “Imperfeito” · Zé Luis e Paulinho Campos: vocais em “Imperfeito”
Agradecimentos: Ashimura Mioshi, Sidney Siguenaga, Felipe Barreto, Tom Brasil, Karina Ades, Zeca Fernandes, Beto Grimaldi e Academia de Filmes, Maurício Morassi, Isopor. Gracias! · Família, amigos, equipe Fu e todo mundo que se não estivesse ajudando, pelo menos não está atrapalhando · Arigatô! · Pessoal dos estúdios Dr. Dd e Mosh. Merci!
John usa guitarras Fernandes
Todas as faixas editadas por Rotomusic (BMG Mus. Pub. Brasil) exceto as músicas incidentais “Mahna Mahna”, editada pela Addaf e “Bond Street”, editada pela EMI.
