Toda Cura Para Todo Mal (2005)

1. Anormal

Direção: Jarbas Agnelli

Clipe dirigido por Jarbas Agnelli, foi premiado no MTV Video Music Awards Brasil na categoria “Melhor Direção de Arte”. 

2. Uh uh uh, lá lá lá, ié ié

Direção: Laerte Coutinho
Direção Dudi Polonis

Nosso momento Jackson Five, ganhou clipe super divertido assinado pela genial Laerte Coutinho!
Em 2021 esta canção ganhou versão interpretada por nosso tecladista Richard Neves e nosso baterista Glauco Mendes.

3. Sorte e Azar

Direção: Roberto Berliner e Leonardo Domingues

Canção “Eu Fico Só”, lançada no segundo álbum solo do Ricardo Koctus “Samba, Bossa e Rock ‘N’ Roll” (2013). Música é assinada por Koctus e Sandalo Bessa.

Em 2005 alguns versos dessa canção foram incorporados à canção “Sorte e Azar” (John Ulhoa / Ricardo Koctus), lançada no álbum “Toda Cura Para Todo Mal”.

4. Amendoim

Direção: Gabriel Barbosa

Amendoim é daquelas em que todos da banda mostram os grandes músicos que são. Em especial aqui, Ricardo Koctus e Lulu Camargo (incorporado à banda desde o MTV Ao Vivo), baixo e piano numa cozinha arrepiante.

5. Simplicidade

Direção: Dudi Polonis / Imagens: Rodolfo Magalhães

Lançada originalmente no álbum “Toda Cura Para Todo Mal” (2005) com arranjo tecnológico e cantada pelo nosso amigo astronauta Silício, ganhou uma versão 2.0 cantada por Fernanda Takai que para muitos fãs é a versão oficial!

Direção: Marcelo Dante
Silício: Agnaldo Pinho | Edição: John Ulhoa

6. Agridoce

direção: Conrado Almada

por que você às vezes
se faz de ruim?
tenta me convencer
que não mereço viver
que não presto, enfim

saio em segredo
você nem vai notar
e assim sem despedida
saio de sua vida
tão espetacular

e ao chegar lá fora
direi que fui embora
e que o mundo já pode se acabar
pois tudo mais que existe
só faz lembrar que o triste
está em todo lugar

e quando acordo cedo
de uma noite sem sal
sinto o gosto azedo
de uma vida doce
e amarga no final

saio sem alarde
sei que já vou tarde
não tenho pressa
nada a me esperar
nenhuma novidade
as ruas da cidade
o mesmo velho mar

nenhuma novidade
as ruas da cidade
p mesmo velho mar

7. No Aeroporto

Direção: Juliana Mundim

Lançada originalmente no álbum “Toda Cura Para Todo Mal” (2005), a canção No Aeroporto ganhou versão vozes-e-violões com participação especial de Paulinho Moska.

8. Estudar pra quê?

Direção: Bill Meirelles

9. Vida Diet

Direção: Hugo Prata

As pessoas não suportam a diferença

Na última terça-feira, estive a trabalho na capital paulista. Fui gravar um videoclipe no melhor estilo pouca verba, muita vontade. A ideia era andar de madrugada pela Rua Augusta – que vai do luxo ao lixo – enquanto cantava uma canção que diz: “a gente se acostuma com tudo”. Ou quase…Eu usava uma maquiagem e um figurino que remetiam diretamente ao personagem Edward Mãos-de-tesoura. Vocês devem se lembrar dele. Uma versão moderna e mais sentimental do Frankenstein, acrescido do talento para cortar cabelos, plantas etc., em formatos bem originais. Fiquei irreconhecível. Até parece que cresci uns 20 centímetros com os cabelos muito arrepiados.

Comecei a caminhar lentamente, enquanto as cenas eram captadas. A cada minuto alguém passava de carro ou a pé e gritava alguma coisa como: “olha a loucona!”, “bicha”, “sai, macumba!”, “que ser é esse, meu pai?”, sempre em tom de escárnio ou reprovação. Detalhe: quando percebiam que era uma gravação, trocavam um pouco a postura ofensiva por um “quem é?”, “é da televisão?”. Continuamos a andar, cruzamos a Avenida Paulista e uns fãs passantes me descobriram por trás daquela personagem. Um taxista até gentilmente foi me seguindo por alguns minutos batendo palmas e dizendo que gostava do meu trabalho, mas teve que se retirar pois acabava interferindo nas imagens e eu nem pude olhar pra ele pois fazia uma longa seqüência com os olhos fixos na câmera…

Enquanto ia cantando e descendo a rua em direção à parte mais barra-pesada do lugar, ficava pensando como é difícil ser diferente nesse mundo. Seja pela roupa, o corpo, algum tipo de comportamento menos usual e nem por isso errado. Ser diferente é atrair olhares e pensamentos que a gente sente como espinhos. Mas o pior eu ainda ia sentir de verdade naquela madrugada.

O diretor queria gravar umas cenas num clube noturno que costuma lotar todas as noites. Logo chegamos ao lugar, que fica exatamente na área mais recheada de saunas, casas de espetáculos eróticos e hotéis de alta rotatividade. Ou seja, supus que haveria umas tantas pessoas também diferentes e que ali eu não chamaria atenção. Errado. Os mesmos comentários surgiram como farpas. Eu também não era daquela turma.

Conseguimos autorização pra entrar com a câmera na boate. Já no corredor de acesso, pressentindo a hostilidade, disse que era melhor a gente ir embora que as pessoas estavam me olhando feio demais. Me davam empurrõezinhos e se viravam resmungando qualquer coisa. O som era altíssimo e a iluminação precária. Quando começamos a gravar umas cenas em que eu apenas ficava na pista enquanto todos dançavam. Alguém deliberadamente agarrou meus cabelos e me puxou com força. Estava escuro, lotado, e as pessoas pareciam todas iguais. Digo, vestiam-se do mesmo modo. Não consegui ter certeza de quem foi. Justamente nessa hora a câmera foi desligada para ser ajustada à quantidade de luz e ninguém da pequena equipe que estava lá comigo conseguiu ver o ataque. Imediatamente pedi pra irmos embora porque agressão física é o tipo de coisa que me faz perder a graça. Ou a gente parte pra cima ou foge. Eu fugi e fiquei com muita vontade de chorar. Nem tanto pela dor, mas pela constatação de que ser diferente é correr perigo. Não ser de uma determinada turma nos torna automaticamente alvos de um bocado de gente bruta e disposta a nos colocar no devido lugar pelas palavras e pelos atos ignorantes.

Minha filha tem um livrinho, que é um dos mais vendidos mundo afora, que se chama Tudo bem ser diferente. Não, Nina. Ainda não está tudo bem e pelo jeito nunca vai estar.


NUNCA SUBESTIME UMA MULHERZINHA (Fernanda Takai)
2007, Panda Books, 120 páginas.

11. !

Direção: Denys Leroy

13. Boa noite Brasil

Direção e Edição: John Ulhoa | Câmera: Bill Meirelles

Direção: Rodrigo Minelli e Fam – Feitoamãos

Canção teve a participação de Manuela Azevedo, vocalista da nossa banda prima portuguesa: Clã.
Em 2008 Fernanda e John participaram do show deles no Rock in Rio Portugal.

FICHA TÉCNICA

Fernanda Takai: voz
Ricardo Koctus: baixo e vocais
John: guitarras, violões, programações, teclados, gaita e voz
Xande Tamietti: bateria e percussões
Lulu Camargo: piano, teclado e sanfona

Produzido por John Ulhoa · Gravado e Mixado por John Ulhoa no Estúdio 128 Japs, Belo Horizonte · Masterizado por Carlos Freitas no Classic Master, São Paulo · Produção Executiva: Aluizer Malab· Assistente de Produção Executiva: Vitor Takai e Sara Eller · Projeto gráfico e ilustrações: Denis Leroy e Jummy Leoy · Fotos: Ricardo Koctus

Direção de Arte: Daniela Conolly · Coordenação gráfica: Sandra Mesquita · Direção artística (A&R): Bruno Batista

Participação especial em “Boa Noite Brasil”: Manuela Azevedo · Artista gentilmente cedida por EMI Portugal. Voz de Manuela Azevedo gravada por Mário Barreiros no MB Estúdios, Vila Nova Gaia, Portugal. Todas as músicas são editadas por Rotomusic (BMG MUS. PUB. BRASIL)

Pato Fu usa microfones AKG

Obrigado: Nina, Bruno Batista, Rosângela Almeida, Felipe Barreto,, Liminha, Jorge Davidson, equipe técnica de estrada. pessoal da Malab, Isabel Dantas e Hélder Gonçalves, Paulo Junqueira e todos os artistas e diretores que participaram do nosso projeto de videoclipes!

© 2005 SONY MUSIC ENTERTAINMENT (BRASIL) L.C.L.

foto: Nino Andrés